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Friday, June 27, 2014

A LENDA DO SALVADOR DO MUNDO


A LENDA DO SALVADOR DO MUNDO (livro Mitologia Oriental pagina 202)

Um padrão característico dos Salvadores do Mundo
1. o descendente de uma família real
2. nascido milagrosamente
3. em meio a fenômenos sobrenaturais
4. sobre quem um santo ancião, logo após o nascimento,
profetizou um a mensagem de salvação do mundo, e
5. cujas façanhas na infância proclamam seu caráter divino.
Na seqüência, o herói do mundo:
6. casa - se e gera um herdeiro
7. desperta para sua missão
8. parte, com o consentimento de seus progenitores
9. para engajar - se em árduas disciplina,
10. que o confrontam, finalmente, com um adversário sobrenatural, Diabo
11. a vitória é alcançada
Podemos admitir que a lenda de Buda se assemelha a do Nosso Senhor Jesus Cristo.
Na teologia cristã, não há registro dos anos de juventude de Cristo como representado
acima pelos estágios 6 a 8. Entretanto, os episódios culminantes (9 a 11) estão
representados pelo jejum de quarenta dias no deserto onde se deu o confronto
com Satã (apesar que ) . Ademais, pode-se argumentar que as cenas do infanticídio abate dos
inocentes pelo rei Herodes e, o aviso do anjo a São José e a fuga da Sagrada
Família correspondem simbolicamente ao 6, isto é, aos esforços do pai do futuro lembra
Buda em sua missão, confinando-o no palácio e fazendo-o casar-
se depois do que (7) ele foi despertado para sua missão pela visão de um ancião,
um homem doente, um cadáver e um iogue, ante o que (8) planejou fugir. Em
ambos os casos a narrativa e a de um inimigo régio do espírito, lutando com
todos seus recursos sejam eles maléficos rei Herodes) ou benignos (rei Suddhodana)
que se mostram vãos para frustrar o infante Salvador em sua predestinada missão.
Seguindo seu encontro cara a cara com o Antagonista e vencendo-o, o
Salvador do Mundo:
12. realiza milagres (caminha sobre as águas etc.)
13. torna - se um pregador (pastor de ovelhas)
14. prega a doutrina da salvação
15. a um séquito (rebanho) de discípulos e
16. a uma pequena elite de iniciados (apóstolos)
17. um dos quais, menos rápido para aprender do que o resto (Mateus 16:23; Mahparinibbna -Sutta 61)>(Pedro =Ananda), e recebe o comando logo se torna o modelo da comunidade leiga, enquanto
18. outro, obscuro e traiçoeiro (Judas = Devadatta), está empenhado na morte do Mestre.

Em várias versões da história são dadas diferentes interpretações aos ternas
comuns, coincidindo com as diferenças de doutrina. Por exemplo, 2: enquanto a
Virgem Maria concebeu do Espírito Santo, a rainha Maya, mãe do Buda, era
uma verdadeira esposa de seu consorte; tampouco o Salvador do Mundo que ela
dera à luz era uma encarnação de Deus, o Criador do Universo, mas um jiva
reencarnado iniciando a última de suas inumeráveis vidas. Igualmente os itens
10 -11: enquanto a vida do Buda atingiu o ápice na sua vitória sobre Mara sob a
árvore Bodhi, a versão cristã transfere a Árvore da Redenção para o estágio 19,
isto é, a morte do Salvador, que na vida do Buda não é mais do que uma
passagem pacífica no final de uma longa carreira de mestre. Pois o ponto
principal do budismo não é como no antigo Soma ao Sacrifício
físico do Salvador, mas seu despertar ( bodhi ) para a Verdade das verdades e, em
conseqüência, a libertação ( moksa) da ilusão (maya) . Por isso, o ponto principal
para o indivíduo budista não é se a lenda do Buda corresponde ao que de fato e
historicamente ocorreu entre 563 e 483 a.C, mas se serve para inspirá-lo e guiá-
lo para a iluminação.
Conteúdo do texto (livro Mitologia Oriental)

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