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Thursday, January 24, 2013

A religião causa dissonância cognitiva


Quando as pessoas decidem seguir uma religião ou seita religiosa sempre está sendo vitima de lavagem cerebral.
Um exemplo clássico é o personagem Jesus Cristo do culto dos cristãos, que ensinou parábolas para seus discípulos e uma de suas parábolas causa um efeito negativo em relação ao dinheiro, são muitas parábolas ruins de Jesus mais o exemplo aqui vai ser sobre:

A parábola do jovem rico.

Onde Jesus ameaça seus discípulos a disputa do mundo ilusório do reino dos céus pela riqueza na terra, e Jesus diz "é mais fácil um camelo passar pelo fundo de agulha do que um homem rico ir para o céu".

Então ouvindo isso algumas pessoas sofrem dissonância cognitiva, porque fica na mente que seria impossível obter riqueza e ser aceito no reino dos seus.

Porém quem procura saber mais sobre essa parabóla de Jesus descobre que a religião não segue o que ensina ou seja a religião enriquece com a pobreza das pessoas jogando crenças negativas e lavagem cerebral.
Outro exemplo é a fabula de Esopo.

A Raposa e as Uvas, fabula de Esopo.

Quando a raposa percebe que não consegue alcançar as uvas, ela decide que não as quer de qualquer modo, um exemplo da formação adaptativa de preferências, com o objetivo de reduzir a dissonância cognitiva.

Dissonância cognitiva é um termo da psicologia social, que se refere ao conflito entre duas ideias, crenças ou opiniões incompatíveis.

Como esse conflito geralmente é desconfortável os indivíduos procuram acrescentar "elementos de consonância", mudar uma das crenças, ou as duas, para torna-las mais compatíveis.[2] Este efeito foi descrito pela primeira vez numa experiência realizada nos Estados Unidos por Leon Festinger e Carlsmith em 1959.


Trata-se da percepção da incompatibilidade entre duas cognições diferentes, onde "cognição" é definido como um qualquer elemento do conhecimento, incluindo as atitudes, emoção, crenças ou comportamentos.

A dissonância ocorre a partir de uma inconsistência lógica entre as suas crenças ou cognições (por exemplo, se uma ideia implicar a sua contradição).

A consciência ou a percepção de contradição pode tomar a forma de ansiedade, culpa, vergonha, fúria, embaraço, stress e outros estados emocionais negativos.

A teoria da dissonância cognitiva afirma que cognições contraditórias entre si servem como estímulos para que a mente obtenha ou produza novos pensamentos ou crenças, ou modifique crenças pré-existentes, de forma a reduzir a quantidade de dissonância (conflito) entre as cognições.

A dissonância pode resultar na tendência de confirmação, a negação de evidências e outros mecanismos de defesa do ego.

Quanto mais enraizada nos comportamentos do indivíduo uma crença estiver geralmente mais forte será a reacção de negar crenças opostas.

Em defesa ao ego, o humano é capaz de contrariar mesmo o nível básico da lógica, podendo negar evidências, criar falsas memórias, distorcer percepções, ignorar afirmações científicas e até mesmo desencadear uma perda de contato com a realidade (surto psicótico).


O maior exemplo de causa da dissonância cognitiva é a religião quando alguma nova informação sobre religião, ritual, argumentos, auto-sugestão ou evidência pertinente vai de encontro à crença religiosa de alguma pessoa.

Quanto mais tempo ela tiver acreditado, e quanto mais enraizada e importante aquela crença para a pessoa, na maioria dos casos a dissonância poderá levá-la simplesmente à forma mais rápida e direta de esquecer essa nova informação recebida.

O poder do cérebro é tamanho que normalmente ele vai preferir ficar estagnado em crenças absurdas ao invés de se adaptar a toda uma nova linha de pensamento que custaria muito tempo e energia, além de ferir o ego se a pessoa foi educada desde pequena a crer em determinadas coisas (mesmo sendo provado que são falsas).

Uma poderosa causa de dissonância é o conflito entre uma crença e um elemento fundamental do autoconceito ("eu sou uma boa pessoa").

A ansiedade causada pela possibilidade de ter consciente e deliberadamente prejudicado algo ou alguém pode conduzir a criar justificações ou racionalizações adicionais ao ato.

Outros exemplos de crenças contraditórias, causadoras de dissonância:

A crença nos direitos dos animais é incompatível com a utilização de vestuário de peles ou com a alimentação omnívora.

Num processo de tomada de decisão na aquisição de um produto, entre a insatisfação e a satisfação de compra, uma decisão racional pode ser justificada pela necessidade ou utilidade da compra.



Por outro lado, Nietzsche fala em transvaloração, entendendo por isso o processo pelo qual a dissonância cognitiva passa para a história.

Em outras palavras, o modo pelo qual os valores vão mudando ao longo do tempo.

Nos primeiros choques, a consciência rejeita as contradições de seus "princípios" assentados em convicções.

Depois, começa a envergonhar-se de suas evidências, e por fim a admitir o que antes seria impossível. O processo de mudança é por isso lento e de alta ansiedade.

Como mudar crenças

Mudar crenças disfuncionais enraizadas é uma das principais partes da terapia e expor as ideias conflitantes diretamente gera uma dissonância cognitiva muito desconfortável e pouco eficaz para mudar crenças.

Por isso, ao invés de dar ordens os psicoterapeutas frequentemente se focalizam em fazer perguntas que levem o paciente a refletir guiando para conclusões mais saudáveis, respeitando o papel ativo do paciente.

Por exemplo: Ao invés de falar "Pare de beber!
Bebida faz mal a saúde." perguntar "Você já teve algum problema como consequência da bebida?"
e "Você já pensou em parar de beber?"
Referências

↑ Elster, Jon. Sour Grapes: Studies in the Subversion of Rationality. Cambridge 1983, p. 123ff.
↑ Advances in Experimental Social Psychology (livro), Volume 4 Por Leonard Berkowitz. http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=gogc3sC6S5AC&oi=fnd&pg=PA1&dq=cognitive+dissonance&ots=CD9mF-BKjR&sig=gxHOs5oDLFpUNDH0n0Vuf3LDhQM#v=onepage&q=cognitive%20dissonance&f=false
↑ Emerson F. Rasera e Marisa Japur. Desafios da aproximação do construcionismo social ao campo da psicoterapia. Estudos de Psicologia


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